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quinta-feira, 14 de maio de 2015

Metais prejudiciais à saúde detetados em pellets sem certificação

Um estudo da Universidade de Aveiro hoje divulgado detetou metais pesados prejudiciais à saúde em pellets para aquecimento, sem certificação, que estão à venda no mercado nacional.



Zinco, chumbo, ferro e arsénio são alguns dos metais pesados descobertos em alguns tipos de pellets disponíveis no mercado, que a equipa de investigação atribui à utilização, como matéria-prima, de resíduos de madeiras provenientes da indústria mobiliária e da construção civil, que contêm colas e tintas ou que foram tratadas com biocidas para evitar a infestação.
Sem legislação que regulamente o fabrico deste biocombustível e, principalmente, que proíba o uso de metais pesados na sua composição, as pellets fabricadas em Portugal, face ao preço elevado dos combustíveis tradicionais, são cada vez mais utilizadas em recuperadores de calor doméstico.
"É fundamental a adoção por todos os estados membros [da União Europeia], à semelhança do que já fizeram, por exemplo, a Dinamarca, a Suiça, a Áustria ou a Alemanha, de normas que restrinjam a utilização de determinadas matérias-primas no fabrico de pellets", conclui Célia Alves, a investigadora que liderou a investigação.
A equipa do Centro de estudos do Ambiente e do Mar (CESAM) da UA queimou quatro tipos de pellets, um dos quais certificado pelo selo de qualidade EN-Plus, da responsabilidade da Associação Nacional de Pellets Energéticos de Biomassa (ANPEB) e que garante que o biocombustível, ligeiramente mais caro, é feito apenas com madeira sem casca e sujeito a testes físicos e químicos.
"Enquanto os pellets certificados pela ANPEB cumprem os limites de emissão em vigor em países onde a certificação dos equipamentos de combustão e dos biocombustíveis é exigida, e não se detetam metais nas partículas emitidas, os restantes três tipos superaram os limites de emissão e as partículas revelaram a presença de metais pesados", aponta Célia Alves.
Entre as pellets sem o selo EN-Plus queimadas pelos investigadores do CESAM, vários metais pesados, tais como zinco, chumbo, ferro e arsénio, foram encontrados nas partículas emitidas, sendo "o arsénio o mais perigoso, em termos de saúde pública, já que a intoxicação aguda provocada pela inalação daquele metal "provoca sérios problemas digestivos, hepáticos, renais, cardíacos e encefálicos que evoluem rapidamente".
A exposição crónica a doses baixas de arsénio pode mesmo conduzir ao aparecimento de cancro.

Noticia: http://www.noticiasaominuto.com/pais/389669/metais-prejudiciais-a-saude-detetados-em-pellets-sem-certificacao

segunda-feira, 4 de maio de 2015

Telhados verdes

Os telhados verdes permitem a aplicação de solo e vegetação sobre uma camada impermeável, geralmente em coberturas residenciais, fábricas e escritórios. As suas principais vantagens são o isolamento acústico, térmico e uma drenagem mais lenta das águas da chuva, evitando alagamentos. Os telhados ecológicos contribuem também para o combate ao efeito estufa, traz mais harmonia, bem estar e beleza para os moradores do local. 

Telhado verde

COMO É FEITO
A primeira camada sobre a laje vai proteger esta contra infiltrações, pode ser feita com lona plástica ou materiais sintéticos. Para evitar que as raízes perfurem a laje é colocado uma membrana anti raízes, feito de material plástico resistente. A drenagem é feita com uma camada de material poroso que cria um espaço oco de 1 a 3 centímetros para armazenar a agua excedente. Antes da zona viva deve ser colocado um meio artificial que pode substituir a terra, uma vez que é mais leve para não sobre carregar o telhado, este pode ser feito de argila, carvão ou mesmo de pneus picados com cerca de 10 centímetros de espessura. A parte viva pode ser simplesmente relva, ou outros arbustos e plantas desde que exigem pouca manutenção.

Construção telhado ecológico